Sete projetos brasileiros estão entre os 100 ‘mais sustentáveis do mundo’ em premiação do G20

por | out 27, 2023

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Destaque Integridade ESG

Captura e armazenamento de carbono é um dos caminhos para atingir net zero, destacam especialistas na OTC Brasil

Durante painel realizado na OTC Brasil 2023 — a Offshore Technology Conference, organizada pelo IBP, no Rio de Janeiro, o gerente geral de Downstream, Midstream e Sustentabilidade do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Cenpes da Petrobras, Antonio Vicente Silva e Castro, explicou que a captura para armazenamento de carbono é um dos caminhos que o Brasil vai trilhar para atingir a meta do net zero, para a qual não existe uma única solução.

Ao citar alguns números relacionados a projetos pioneiros da estatal de energia, o engenheiro químico destacou a envergadura do projeto CCUS (captura com utilização do carbono) do pré-sal, classificado por ele como o maior do mundo em termos de injeção de carbono, com 40,8 milhões de toneladas reinjetadas desde 2008.

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Sete projetos brasileiros estão entre os 100 ‘mais sustentáveis do mundo’ em premiação do G20

O setor da construção civil do Brasil teve sete projetos listados entre os 100 mais icônicos edifícios sustentáveis do mundo em concurso da presidência indiana do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias.

A iniciativa, realizada pelo departamento de Eficiência Energética do Ministério de Energia da Índia, visa dar destaque a edifícios comprometidos com a sustentabilidade desde a sua construção até a operação, homenageando aquelas que corroborem direta ou indiretamente no combate às alterações climáticas.

As sete construções, que incluem um prédio de escritório, um residencial, um de logística, uma escola, uma casa, uma pequena indústria e o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, são certificadas pelo Green Building Brasil (GBB), organização não governamental que visa fomentar a indústria de construção sustentável no País e também atestar o projeto como sustentável. (Estadão)

Como a B3 conquistou o título de melhor empresa do Brasil em ESG e governança

Ter um sistema forte de governança corporativa é desafio para qualquer empresa. Quando essa empresa é o benchmark de um setor inteiro, então, a construção de processos e paradigmas precisa, mais ainda, almejar o estado da arte. A B3 é uma companhia aberta com ações no Novo Mercado, criado por ela mesma para abrigar papéis de companhias com alta governança. Tem o mérito ainda maior de atingir nível de excelência diante da diversidade dos negócios, da complexidade da regulação e do volume de riscos. Uma falha pode simplesmente paralisar temporariamente o coração da economia. Ao mesmo tempo, as regras não podem ser rígidas a ponto de travar as atividades. É um equilíbrio fino.

Nos últimos meses, o foco tem sido adaptar o modelo de governança da B3 a empresas compradas recentemente com o objetivo de ampliar o escopo de atuação e tornar a receita menos dependente de um mercado específico – como o de ações, bastante sensível às flutuações da economia. (Época Negócios)

Conheça as vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro 2023

A sexta edição do Prêmio Mulheres do Agro, promovida pela Bayer e pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), realizada durante o 8º Congresso das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo (SP), reconheceu nove produtoras rurais por suas práticas ancoradas nos pilares ESG nas divisões entre pequenas, médias e grandes propriedades.

Uma novidade na premiação deste ano foi o lançamento da categoria “Ciência e Pesquisa”. A pesquisadora vencedora da estreia da categoria foi Patrícia Monquero, 50 anos, que tem dedicado boa parte de seus estudos para aprofundar o manejo e a biologia das plantas daninhas. Ela é engenheira agrônoma, doutora na área de fitotecnia e pesquisadora na Universidade Federal de São Carlos desde 2006. Em 2009 criou o GECA (Grupo de Pesquisa em Ciências Agrárias), voltado para a área de manejo de plantas daninhas e impacto dos pesticidas no ambiente. O projeto conta com 100 ex-alunos do curso de engenharia agronômica. (Forbes)

Empresa de jatinhos transporta, de graça, órgãos para transplantes

A Amaro Aviation, do filho do fundador da TAM (hoje Latam), decidiu doar um voo por mês para o transplante de órgãos, células e tecidos em uma parceria com o governo de São Paulo. Seis vidas já foram salvas desde maio, segundo a companhia.

Pelo acordo, a companhia atende, principalmente, a Central de Transplantes do estado, organização que envolve o Incor, Escola Paulista de Medicina, Unifesp e Escola Paulista de Enfermagem.

Quando é preciso acionar o transporte, a primeira opção de voo para o resgate é a FAB (Força Aérea Brasileira). Em seguida, vêm as companhias aéreas comerciais. Caso nenhum deles possa atender, a Amaro Aviation é acionada. Em pouco mais de um ano no circuito aéreo de órgãos, a Amaro fez voos para cidades como Goiânia (GO), Florianópolis (SC), Registro (SP) e Uberlândia (MG), todos com destino para São Paulo. (Folha de São Paulo)

Brasil é 1º país do mundo a adotar oficialmente padrão global de reporte de dados ESG

O Brasil se tornou o primeiro país do mundo a adotar oficialmente as normas globais de reporte de dados ESG no dia 20 de outubro, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editar uma resolução que avaliza as normas do International Financial Reporting Standards (IFRS).

As normas, lançadas globalmente em junho deste ano, criam padrões para o reporte de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade para empresas e fundos de investimento, obrigando as empresas de capital aberto, listadas na B3, a publicar, a partir de 2026, relatório especial com informações financeiras relacionadas à sustentabilidade. A medida está inserida no plano de transformação ecológica, como é chamado oficialmente a agenda verde do governo.

Os relatórios deverão ser apresentados anualmente, sempre em maio, junto ao formulário de referência, sendo que no ano que vem e em 2025 a sua publicação será voluntária. Com possíveis ajustes após a realização de consulta pública, a regra tem como objetivo ajudar investidores a tomar decisões alinhadas a critérios sustentáveis a partir da divulgação, de forma mais transparente, de oportunidades e riscos relacionados aos negócios de cada empresa. (Estadão)

Grupo Soma conquista Certificação B com suas 15 marcas

Grupo Soma, maior conglomerado de varejo de moda do país, passa a integrar o Movimento B, índice internacional que certifica empresas comprometidas em gerar resultados positivos tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental e social.

O Soma se tornou uma Empresa B após responder a detalhada Avaliação de Impacto B (BIA), que tem o objetivo de comprovar o valor que a companhia gera para o bem-estar das pessoas e do planeta.

Para obter a certificação, as empresas precisam atingir uma pontuação mínima, gerada com base em aproximadamente 300 questões, que abrangem cinco dimensões: comunidade, meio ambiente,  governança, clientes e trabalhadores, modelos de negócio de impacto. De uma vasta gama de empresas que preencheram o formulário para dar início ao processo de Certificação, pouco mais de 300 estavam aptas a se certificarem no Brasil, e destas, 25 (aproximadamente 8%), fazem parte do setor de moda. (Exame)

Só duas das principais bolsas têm regra para estimular diversidade

O Brasil adotou em agosto medida para aumentar a diversidade de gênero na alta administração de empresas listadas, mas as regras só foram adotadas, até agora, em duas das seis principais bolsas do mundo. É o que mostra um estudo da advogada Camila Goldberg, sócia da BMA Advogados, que comparou as iniciativas da Nyse, da Nasdaq, da Euronext e das bolsas de Tóquio, Hong Kong e Xangai. Dentro desse grupo, apenas Nasdaq e Hong Kong possuem normas que visam elevar o número de mulheres no alto escalão.

Todas as iniciativas surgiram após o início da pandemia, quando as discussões em torno de práticas ESG aumentaram. Na Nasdaq, por exemplo, as regras de diversidade começaram a valer após a aprovação, em agosto de 2021, pela Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários americana. Em Hong Kong, as regras entraram em vigor em janeiro de 2022. (Valor Econômico)

Falta de gestão prejudica metas de desenvolvimento da ONU para 2030, alerta O Globo em editorial

Em setembro de 2015, as Nações Unidas lançaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, um plano ambicioso com 17 metas voltadas a toda sorte de mazela humana. Na área social, o documento prevê erradicar a pobreza e a fome, fornecer água, saneamento ou educação de qualidade a todos. Na ambiental, defende o combate ao aquecimento global, a proteção de ecossistemas e a conservação de oceanos. Na econômica, estabelece como metas crescimento, construção de infraestrutura e fomento à inovação. O prazo de tudo é 2030.

Os objetivos parecem utópicos, mas isso não quer dizer que não deva haver esforços para alcançá-los. Embora o trabalho principal caiba a governos, a iniciativa privada é imprescindível. Por isso preocupam os resultados de uma pesquisa da ONU em parceria com a consultoria Accenture. Menos da metade (49%) de mais de 2.800 líderes empresariais ouvidos em 137 países, Brasil inclusive, acredita que o mundo alcançará as 17 metas até o final desta década. Há apenas um ano, eram 92%. Pelo visto, está claro para a maior parte que a agenda ficará no sonho.

A queda pronunciada é atribuída a fatores cíclicos e estruturais. A piora da conjuntura — com alta da inflação e guerras — parece ter desviado a atenção do setor privado para prioridades de curto prazo. Ao mesmo tempo, persistem dificuldades históricas, como a ausência de políticas públicas que incentivem mudanças nas empresas. O levantamento evidencia o descasamento na avaliação dos líderes empresariais. Oito de cada dez acreditam que a própria companhia contribui de forma positiva para os objetivos, mas apenas 62% pensam o mesmo a respeito do setor em que atuam e 48% sobre o setor privado como um todo. A diferença revela a estratégia de fazer pouco e jogar a culpa no vizinho. Nas reuniões de apresentação de resultados para acionistas em 2022, menções às metas aconteceram 175 vezes no grupo pesquisado, ante 277 no ano anterior. (O Globo)

ESG deixa funcionários mais felizes? Estudo diz que sim

Organizações que seguem diretrizes ESG conseguem manter profissionais mais felizes em suas posições de trabalho. Essa foi a conclusão de um estudo conduzido pela startup Humanizadas, que atua ao lado de empresas para tomada de decisões mais conscientes. De acordo com a pesquisa, 85% dos colaboradores de companhias classificadas como sustentáveis afirmam estar satisfeitos e recomendam o trabalho atual. 

O levantamento foi realizado entre 2020 e 2022 e ouviu mais de 30 mil stakeholders do mercado financeiro – incluindo lideranças, trabalhadores, clientes, parceiros e comunidades. No entanto, os resultados são bem diferentes quando comparados aos números gerais do mercado. Uma pesquisa do LinkedIn, que entrevistou quase 23 mil trabalhadores de vários países do mundo – inclusive o Brasil –, revelou que 60% dos profissionais estão insatisfeitos com o emprego atual e 20% procuram por uma nova posição.

As conclusões dos estudos evidenciam que aplicar diretrizes ESG nas corporações, além de positivo para a sociedade e o meio ambiente, também pode ajudar a resolver um desafio enfrentado por empresas do mundo todo: a rotatividade de funcionários. (Exame)

Dica de Conteúdo

Documentário “Solo Fértil”

No documentário “Solo Fértil” (Kiss the Ground, em inglês), cientistas e celebridades revelam como o solo da Terra pode ser fundamental para o combate às mudanças climáticas e a preservação do planeta.

O filme parte dos problemas na saúde e no meio ambiente causados pelo uso de fertilizantes químicos e pesticidas no solo, como desertificação, escassez de água, derretimento de geleiras, diminuição da biodiversidade etc. São apresentadas soluções, como agricultura regenerativa. “Solo Fértil” tem Gisele Bündchen como uma de suas produtoras executivas.
Está disponível na Netflix.

Livro “Mercado de Carbono e Sustentabilidade”

O livro aborda os principais elementos de um sistema de comércio de emissões usando o mercado europeu (EU ETS) como principal referência, para explorar como o Brasil pode regulamentar e implementar um mercado de carbono para auxiliar na redução de emissões de gases de efeito estufa.

Escrito por Natascha Trennepohl, advogada com experiência de 20 anos na área jurídica com atuação corporativa em empresas internacionais na área de Meio Ambiente, Saúde e Segurança,  a obra aborda as complexidades e os desafios para a estruturação de um marco regulatório que crie oportunidades, ao invés de entraves.
O livro está disponível nas principais livrarias físicas e online.

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