Igualdade de gênero em destaque na agenda internacional

por | mar 1, 2023

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Inoar Cosmético é uma das empresas brasileiras que defendem esta bandeira

O setor privado pode acelerar a agenda da igualdade de gênero no Brasil, uma das nações mais desiguais do mundo neste quesito. Para defender essa bandeira, será realizada entre os dias 6 e 17 de março, em Nova York, a 76ª sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher (CSW, na sigla em inglês) das Nações Unidas (ONU), cujo tema é “Inovação e educação para a mudança tecnológica na era digital – progresso rumo à igualdade de gênero”. Entre os participantes brasileiros está a Inoar Cosméticos, fundada em 2008 e signatária do Pacto Global da ONU.

“Estar em um evento como esse nos ajuda a ampliar nosso campo de possibilidades para gerar mudanças. Quando aderimos ao compromisso, traçamos como meta chegar a 30% de mulheres em cargos de alta liderança até 2025 ou 50% de mulheres em cargos de alta liderança até 2030. Sabemos que isso traz impactos como produtividade até 40% maior, maior retenção de funcionários e um melhor desempenho ESG”, afirma Inocência Manoel, head de Marketing da empresa.

Segundo ela, apesar disso, a empresa ainda tem uma jornada a cumprir: “hoje 9,5% do nosso time é composto por mulheres. E, embora tenha uma mulher como cofundadora, precisamos impulsionar outras a chegarem a cargos mais altos dentro da nossa companhia”, acrescenta.

A Inoar exporta para mais de 40 países, tem escritórios em mais de 30 cidades ao redor do mundo e posiciona seus produtos como destinados a um mundo diverso. Em seu portfólio estão mais de 300 itens para tratamento do cabelo, redutores de volumes, valorização de cachos, dermocosméticos e maquiagem.

“Nossa ambição é fundamental para a agenda 2030, já que queremos – e é preciso – fazer diferença no mundo para uma sociedade justa e equitativa. Apenas desta forma conseguiremos fazer a nossa parte em busca de um novo contexto social, garantindo a representação e inclusão das mulheres em todo o planejamento e tomada de decisão”, completa o CEO da empresa, Alexandre Nascimento Manoel Aroz.

Brasil caiu no ranking de igualdade de gênero  
Segundo dados do Global Gender Gap Report 2021 do Fórum Econômico Mundial, mesmo antes da pandemia de Covid-19, o Brasil já figurava entre as nações mais desiguais do mundo nas relações de gênero. Em 2021, ficou em 93º lugar no ranking global de igualdade de gênero, de um total de 156 países avaliados, o que representou um retrocesso frente à 67ª posição alcançada em 2006.

Outros dados confirmam a má situação do país em relação ao tem.  A participação no mercado de mulheres com filhos de até dez anos caiu de 50,6% para 58,3% no mesmo ano; e quase metade delas é demitida na volta da licença-maternidade, sem justa causa, em até dois anos após o parto, segundo dados do IBGE.

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