Destaque Integridade ESG
Carreira ESG, indicadores e governança nas estatais foram destaques da Conferência Ethos
O lançamento da Carta Compromisso pelo Trabalho Decente nas Plataformas Digitais foi um dos destaques da Conferência Ethos 360°, realizada no último dia 20 de junho, no Rio de Janeiro (RJ). O documento visa engajar empresas em torno de princípios e diretrizes garantam o trabalho digno — tema principal do ODS 8, da Agenda 2030 da ONU. A primeira empresa a aderir à iniciativa é o Ifood.
Assuntos pertinentes à agenda ESG foram debatidos durante os mais de 10 painéis realizados, como diversidade, equidade e inclusão; circularidade da lata de alumínio; fortalecimento da carreira do profissional ESG; indicadores e mensuração; governança das estatais na transição energética e sustentabilidade corporativa. (Integridade ESG)
Saiu na mídia
Estudo aponta que, com metrô, Salvador deixou de emitir 45 mil toneladas de CO2 em oito anos
O estudo inédito Projeto Economia de Baixo Carbono revelou que a operação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas fez com que a capital baiana deixasse de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos, considerando o período de 2014 a 2021. O montante corresponde à emissão de 23.564 veículos comerciais leves, movidos à gasolina em um ano ou a 24.456 viagens de norte ao sul do Brasil, considerando ida e volta.
O estudo foi realizado pela WayCarbon, empresa especializada no desenvolvimento de projetos corporativos sobre sustentabilidade e mudança do clima. A redução está em consonância com o Plano de Ação Climática da capital baiana, que visa a implementação de 100% da frota de transporte público com veículos mais eficientes até 2049, além de redução do número de viagens particulares em 25% até 2024. (Estadão)

Franquias podem ter mais sucesso se forem sustentáveis
Em alta, o setor de franquias tem superado o impacto da pandemia e atraído novos interessados. Em 2022, as franquias faturaram R$ 221,5 bilhões, um crescimento de 14,3% em relação ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Quem entrou ou pretende entrar nesse mercado se depara com o avanço do ESG nas empresas, mas não deve se assustar com o cenário. Boas práticas em sustentabilidade ambiental e em governança social e corporativa por parte de uma franqueadora são excelentes sinais para o sucesso de um negócio. Os conceitos do ESG se fortalecem no mercado diante da urgência das questões ambientais do planeta e do perfil mais exigente dos consumidores. A Associação Brasileira de Franchising (ABF), por exemplo, criou em 2022 uma comissão de ESG com o objetivo de apoiar o setor de franquias nessa área.
Se uma empresa franqueadora adota essas práticas, diz Rodrigo Abreu, diretor da comissão de ESG da ABF, trata-se de “um forte indicativo de solidez e perenidade da organização”. O interessado em se tornar um franqueado, orienta o diretor da ABF, deve observar questões ambientais e sociais além da sustentabilidade financeira do negócio. (Estadão)
Título verde para produtores de soja do Cerrado recebe premiação internacional
O título financeiro Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) criado para ajudar na preservação do Cerrado recebeu duas premiações internacionais destinadas a produtos financeiros sustentáveis: o “Initiative of the Year 2023 – Green Bond”, do Environmental Finance, e o “Structured Finance Deal of the Year – 2023″, da IFLR – International Finance Law Review. As organizações reconheceram o trabalho em incentivar que os produtores de soja do bioma mantenham áreas preservadas além do requerido por lei.
O título foi lançado pela Responsible Commodities Facility (RCF) e visa incentivar a produção de soja sem desmatamento. A diretriz inicial para o produto foi publicada pela ONG WWF Brasil em 2017 com o objetivo de incentivar os CRAs “verdes”. (Estadão)
Nestlé lança nova coleção de cards do chocolate Surpresa com versões em NFTs
A marca de chocolates Surpresa, da Nestlé, ficou famosa por vir acompanhada de cards com retratos de animais de diferentes regiões, da Mata Atlântica à Floresta Amazônica, e que se tornaram uma febre entre os jovens nas décadas de 1980 e 1990. Agora, a Nestlé lança uma nova versão da coleção, no formato de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) como parte de uma campanha social em parceria com a SOS Mata Atlântica.
O projeto envolveu a produção de 10 artes originais feitas por cinco artistas brasileiros: Helena Cintra, Larissa Constantino, Rômolo D’Hipólito, Carla Barth e Vilson Vicente. Os trabalhos retratam animais ameaçados de extinção no Brasil e que fazem parte da fauna da Mata Atlântica, um dos biomas mais devastados do país.
As artes foram convertidas em NFTs e, agora, estão disponíveis para compra em um site especial criado pela Nestlé para a ação. Ao todo, são 10 artes originais e 40 réplicas, que podem ser adquiridas por valores entre R$ 500 e R$ 25. (Exame)

Vizinhos usam carros elétricos compartilhados para dar caronas entre si em comunidade pobre nos EUA
Com escassez de transporte público, um projeto na Califórnia visa oferecer transporte gratuito e menos poluente para moradores idosos que precisam fazer consultas médicas. O programa foi idealizado pelo Latino Equity Advocacy & Policy Institute, uma organização sem fins lucrativos fundada por Rey León, o prefeito de Huron.
A Green Raiteros é uma iniciativa de compartilhamento de veículos elétricos que transporta residentes de baixa renda, muitos deles idosos, para consultas médicas gratuitamente. O objetivo é dar acesso a meios de transporte menos poluentes a mais pessoas em comunidades de baixa renda. Em Huron, o resultado do programa local são 30 estações de recarga distribuídas estrategicamente pela cidade, entre outros projetos destinados a reduzir as emissões de carbono na região.
Iniciativas semelhantes estão em curso em outros lugares na Califórnia, em Nova York e em outras regiões, junto com uma pressão crescente em Washington, D.C., para subsidiar programas para veículos elétricos. Segundo a Lei Bipartidária de Infraestrutura, o governo federal dos Estados Unidos está disponibilizando US$ 700 milhões em verbas para os governos locais criarem infraestrutura para carregamento em áreas carentes. (Estadão)
Mais da metade dos brasileiros nunca ouviu falar em ESG, diz pesquisa
Segundo o Dossiê ESG, pesquisa idealizada pelo Grupo Boticário em parceria com o Instituto Locomotiva, 66% dos brasileiros nunca ouviram falar da sigla. No entanto, quando o conceito é apresentado aos entrevistados, o cenário muda. Cientes do que é a agenda sustentável, mais de 85% consideram o tema importante ou muito importante.
Além de revelar a falta de conhecimento em relação ao termo, o levantamento do Instituto Locomotiva ainda aponta que o maior grau de escolaridade contribui para uma percepção mais profunda sobre a relevância do ESG. Dos 85% dos brasileiros que consideram “importante” ou “muito importante” o conceito de ESG ao entenderem do que se trata, 90% deles têm ensino superior e 89% possuem 45 anos ou mais. (Estadão)
Jatinhos buscam alternativa menos poluente para atender à tendência ESG
Os jatinhos particulares há muito são o centro da discussão sobre a mudança climática – manifestantes normalmente os taxam de brinquedos poluentes usados por um pequeno grupo de viajantes ultraprivilegiados.
Para a empresa por trás do popular modelo Dassault Falcon, banir o uso dessas aeronaves não resolverá o problema, mas abastecê-la com um combustível alternativo poderia ajudar a reduzir as emissões. Uma vantagem de operar jatinhos particulares com o chamado combustível de aviação sustentável (SAF) é que os ocupantes podem pagar por ele, já que sua escassez o tornou significativamente mais caro que o querosene comum, que também poderia ser mais tributado.
O número de voos com jatos particulares aumentou 64% no ano passado, levando a uma quase duplicação das emissões de CO2, de acordo com um estudo realizado pela consultoria ambiental holandesa CE Delft e encomendado pelo Greenpeace em março. (Bloomber Línea)
Roupa de brechó perde estigma e ajuda a preservar o meio ambiente
Franquias como Peça Rara e Cresci e Perdi, especializada no nicho infantil, são consideradas hoje negócios que têm tudo a ver com os princípios ESG – sigla em inglês que se refere aos preceitos de respeito ao meio ambiente, ao social e à governança.
Um quilo de algodão usado na confecção de roupas libera cerca de 32 quilos de dióxido de carbono. Cerca de 70% das plantações de algodão do mundo são irrigadas e, para colocar no mercado um quilo da fibra, são utilizados em média 10 mil litros de água. A calça jeans tem uma pegada de carbono que pode chegar até 24,8 quilos de CO2 por peça, segundo o relatório Fios da Moda.
Os preços e, principalmente, o ambiente nas lojas dessas franquias, ajudam a convencer de que comprar algo de segunda mão é uma boa ideia. Nas duas redes, o negócio não é apenas o de vender roupas. Mas de comprar também. O mercado de roupas usadas deve crescer de 15% a 20% até 2030 no país. Conforme uma pesquisa do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a moda de segunda mão tem potencial para ultrapassar o mercado de roupas comuns até 2030. (Estadão)
Dica de Conteúdo
Podcast Pink money e a diversidade de mercado
O Tese Onze é um canal de YouTube criado, desenvolvido e produzido pela socióloga Sabrina Fernandes focado em propaganda ecossocialista e politização sobre temas diversos.
Além de vídeos o canal produz podcasts. Neste episódio, Sabrina conversa com Dimitra Vulcana, drag queen, professora, doutora em ciências da saúde, sobre pink money. Eles explicam o que significa o termo e as polêmicas que envolvem a lógica mercadológica e a ilusão de transformação social.
O podcast está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio.

Livro “Estratégias Esg E Os Objetivos De Desenvolvimento Sustentável”
O livro se insere no debate sobre a atuação empresarial nas agendas globais de desenvolvimento sustentável, tendo como cenário a intensificação dos desafios sociais e ambientais nas últimas décadas.
A partir de uma perspectiva crítica, os autores Wagner Ramos, Sérgio Barros, Letícia Veloso exploram fatores inerentes à crise social e ambiental como elementos que desafiam o papel e a responsabilidade das empresas como grandes agentes de transformação e impacto.
O livro está à venda nas principais livrarias físicas e online.
