O Bonde de Santa Teresa, cartão-postal da cidade do Rio de Janeiro, conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o selo Empresa Carbono Neutro. O reconhecimento foi concedido novamente diante da redução de 43% nas emissões totais de gases do efeito estufa em comparação a 2022, mesmo com um aumento de 21% no número de passageiros.
A Central Logística, órgão vinculado à Setram e responsável pela operação do bonde, vem atuando no Programa O’green de Descarbonização. A iniciativa incentiva organizações a adotarem práticas sustentáveis, medindo suas emissões de carbono, neutralizando essas emissões e implementando ações de redução / mitigação, buscando alcançar um saldo ambiental positivo.
A conquista da certificação é fruto de uma série de medidas implementadas ao longo do último ano, incluindo a adoção de alternativas mais sustentáveis que diminuem a emissão de gases de efeito estufa; a manutenção e aperfeiçoamento dos bondes para garantir um desempenho mais eficiente; a capacitação da equipe para promover práticas sustentáveis e reduzir o consumo de energia, e o acompanhamento das emissões e do impacto das ações adotadas.
Viação Dedo de Deus recebe certificação Great Place to Work pelo segundo ano seguido
A viação fluminense Dedo de Deus recebeu pela segunda vez consecutiva a certificação Great Place to Work, selo da consultoria global GPTW que destaca as melhores empresas para se trabalhar em 98 países ao redor do mundo. Para o diretor da empresa, Marcelo Augusto, a renovação da certificação é a resposta positiva de uma reestruturação interna com foco nos colaboradores e na melhoria do atendimento à população que utiliza o serviço.
No segmento de transporte urbano de passageiros, apenas a Dedo de Deus e outras duas empresas possuem a certificação. Para ser considerada uma excelente organização para se trabalhar, é necessário que metade dos colaboradores realizem integralmente a pesquisa, que conta com mais de 60 perguntas, e a empresa atinja 70 pontos. Foi a partir da avaliação dos trabalhadores, realizada no mês de setembro, que a viação alcançou 78 pontos, índice que aponta alto grau de satisfação dos colaboradores em relação à gestão de pessoas
Senado aprova projeto que regula mercado de carbono
O Plenário do Senado Federal aprovou o substitutivo da senadora Leila Barros (PDT-DF) ao projeto da Câmara dos Deputados que regula o mercado de crédito de carbono no país. O Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa possibilitará que organizações comprem créditos ligados a ações de preservação ambiental para compensar suas emissões de gases poluentes. Como foi modificado no Senado, o texto retorna para nova análise da Câmara dos Deputados.
Entidades que representam o setor de transportes atuaram para que o parecer aprovado suprimisse o art. 59, que criava mais uma taxa a ser paga por proprietários de veículos, sem que houvesse uma diferenciação em relação aos níveis de emissão mesmo com as atuais tecnologias mitigadoras já instaladas nos carros, caminhões e ônibus.
“A regulamentação do mercado de carbono aprovada pelo Senado representa um avanço importante para o setor de transporte, pois permite que as empresas do setor realizem a compensação de suas emissões de gases de efeito estufa de forma mais adaptada à realidade e às exigências do mercado”, afirmou a gerente do Poder Legislativo, da CNT, Andrea Cavalcanti.
COP29: Renan Filho detalha estratégia para reduzir emissões no setor de transportes
A estratégia adotada pelo governo brasileiro para reduzir a emissão de gases de efeito estufa no setor de transportes é fortalecer o modal ferroviário, melhorar a qualidade da malha rodoviária e estimular o uso de biocombustíveis, especialmente por veículos de carga.
A informação foi dada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, durante a COP29 – mais alta instância deliberativa no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que, neste ano, é realizada em Baku (Azerbaijão).
Renan Filho destacou que o setor de transportes brasileiro é um dos que menos emite carbono no mundo, devido ao uso de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, prática que vem sendo estimulada há anos. Além disso, o Brasil está na vanguarda do desenvolvimento do Combustível Sustentável de Aviação (SAF), afirmou perante o público da COP.