Grandes empresas admitem percalços na inclusão da agenda ESG e repensam processos

por | out 6, 2023

O seu resumo semanal das notícias mais importantes sobre o tema

Destaque Integridade ESG

A seca do Rio Amazonas e os impactos logísticos na Região Norte

O assunto de maior destaque nos veículos de comunicação desta semana foi a situação de emergência nas cidades do Amazonas, devido à seca severa, que chegou a 23 cidades e já afeta 200 mil pessoas, impactando também o transporte de cargas.

Em artigo exclusivo para o Integridade ESG, o diretor de Operações da Log-In Logística Intermodal, Maurício Trompowsky, enumera alguns desses impactos, como a restrição da capacidade e o risco de desabastecimento, além de citar ações mitigatórias essenciais para garantir a segurança no segundo maior porto nacional em movimentação de contêineres de cabotagem.

Confira o artigo: https://integridadeesg.insightnet.com.br/a-seca-do-rio-amazonas-e-os-impactos-logisticos-na-regiao-norte/

Saiu na mídia

Grandes empresas admitem percalços na inclusão da agenda ESG e repensam processos

Empresas que desenvolveram nos últimos anos, ainda no âmbito de teste, projetos e ações para atender aos três pilares da agenda ESG estão no momento de reavaliar e entender quais resultados foram, de fato, efetivos.

As pautas relacionadas ao tema dominaram o mercado corporativo nos últimos anos. Somente no Google Trends, ferramenta que mostra o volume de buscas sobre um determinado assunto, o interesse pelo ESG atingiu, em junho de 2023, o seu nível mais alto em 19 anos.

Especialistas destacam que a agenda está em um momento de mudança, e a sociedade civil e o terceiro setor começam a cobrar a implementação de planos práticos que ajudem a levar as empresas a se tornarem mais responsáveis. (Estadão)

Minalba Brasil lança a primeira embalagem em lata no mercado brasileiro com descrição em braille na tampa

A Minalba Brasil – empresa de bebidas do Grupo Edson Queiroz (GEQ) – está lançando a primeira lata de água mineral com Braille na tampa desse segmento no Brasil. O objetivo é tornar a experiência de compra, consumo e escolha acessível às pessoas com deficiência visual.

A iniciativa inédita de larga escala no país foi desenvolvida ao longo de meses com o suporte da Ball Corporation, líder mundial de embalagens sustentáveis de alumínio e pioneira na solução de água em lata no Brasil, e contou com a consultoria da Fundação Dorina Nowill para Cegos, para trazer um olhar inclusivo para o mercado de alimentos e bebidas.

A ação #LataPraTodosVerem visa promover acessibilidade no mercado de bebidas. Hoje, existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, segundo dados do Censo do IBGE de 2010. O propósito é oferecer maior independência na experiência de compra e consumo adequando às necessidades desse público. (IstoÉ)

Ministério da Fazenda lança programa de integridade

O Ministério da Fazenda lançou no dia 3 de outubro o “Faz Integridade”, programa interno com uma série de ações voltadas aos funcionários do ministério.

A iniciativa propõe medidas de combate a estes pontos: risco de fraude e corrupção; risco de desvio de função e de finalidade; risco de conflito de interesses; risco de disseminação indevida com informações; risco de desvio ético ou de conduta; risco de preconceito; e risco de assédio moral e sexual. O programa lista entre as prioridades: prevenir, acolher, incluir, apoiar, ecoar, negar, unificar, proteger, diversificar e transparecer.

A cerimônia, que aconteceu em Brasília, contou com presença do titular da pasta, Fernando Haddad. (Poder 360)

Vale reafirma 40% da liderança para pretos e Magazine Luiza expande cota

Segunda maior empresa do país, atrás apenas da Petrobras, a Vale planeja expandir a inclusão de mulheres, pretos e pardos na sua força de trabalho, sobretudo em cargos de liderança, como um dos pilares de sua agenda ESG.

Com 215.000 funcionários e avaliada em 295 bilhões de reais, a empresa tem como meta ocupar 40% dos cargos de liderança com pessoas pretas e pardas. Já a participação de mulheres na força de trabalho da Vale é atualmente de 23%, devendo elevar-se a 26% até 2025.

Pioneira ao introduzir ações de inclusão no ambiente empresarial, a Magazine Luiza está expandindo o programa de trainee para pessoas pretas. Sua primeira ação afirmativa foi lançada em 2020, quando a empresa concluiu que 52% de seus quase 40.000 funcionários eram pretos. Mas apenas 16% dos cargos de chefia eram ocupados por negros. (Veja)

Fundos de pensão buscam diversificação nos investimentos aliada aos critérios ESG

A queda das taxas de juros começa a levar os fundos de pensão a pensar na diversificação dos investimentos para além dos títulos públicos federais, enquanto buscam também intensificar a adesão às práticas ESG.

O presidente da Previ, João Fukunaga diz que a empresa quer a melhoria constante dos processos de gestão e do aprimoramento da governança nas empresas onde a Previ tem participação. “E queremos mais: princípios de transparência, integridade, equidade e responsabilidade corporativa em todo o mercado”, acrescentou. (Valor Econômico)

O que levou a 3M a transformar o Brasil em um hub de ESG e inovação?

A 3M anunciou, na última semana, um centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em sua fábrica localizada em Manaus, previsto para ser inaugurado no primeiro trimestre de 2024. O local terá como foco a reciclagem de materiais e o desenvolvimento de matérias-primas de fontes renováveis. A 3M mantém quatro parques fabris no Brasil, três no Estado de São Paulo e um em Manaus.

A escolha pelo Brasil não é somente ligada à capacidade estratégica em termos sustentáveis. A história da 3M no país remonta a 1946, quando a primeira fábrica da companhia fora dos Estados Unidos foi aberta em Campinas (SP), sob o nome de “Durex, Lixas e Fitas Adesivas Ltda”. Em 1954, a empresa passou a se chamar 3M do Brasil e inaugurou uma fábrica em Sumaré (SP). (Forbes)

Prestígio é considerado por brasileiros o atributo mais importante em uma marca, aponta pesquisa

Dentre todas as qualidades possíveis para uma marca crescer no mercado, o prestígio é o atributo considerado mais importante pelos brasileiros na hora de avaliar as companhias, aponta a pesquisa Brand Asset Valuator (BAV), da agência VMLY&R, do grupo WPP. Ao todo, o levantamento analisou 48 atributos e elencou os 10 mais importantes para a construção de marcas no País.

O estudo avaliou a percepção do público em relação a aproximadamente 1,4 mil companhias que atuam no mercado doméstico, com base na resposta de 18 mil entrevistados em todo o território nacional. A pesquisa de campo foi realizada no último trimestre de 2022 e analisada no primeiro semestre de 2023.

Prestígio no Brasil não é apenas sobre exclusividade, também é sobre ESG, por exemplo. Porque as marcas com histórico de ações ESG saem no estudo com grande destaque”, explica o presidente da VMLY&R, Fernando Taralli. (Estadão)

O bem-vindo investimento dos produtores de proteína na economia circular

Para as empresas de alimentos, a sustentabilidade é um pilar fundamental do processo produtivo. Os grandes players do setor se preocupam em operar de maneira sustentável em toda a cadeia de valor, do campo aos supermercados — até as bandejas usadas nas embalagens, afinal, oferecem desafios. E os investimentos feitos na agenda ESG não poderiam deixar de englobar a economia circular.

Na JBS, o aproveitamento da matéria-prima bovina ultrapassa os 90%. Ou seja, os itens oriundos da produção de proteína vão muito além dos alimentos que chegam à mesa de milhões de brasileiros todos os dias.

Os coprodutos da produção bovina viram outros produtos de alto valor agregado. Por exemplo, o sebo bovino dá origem ao biodiesel, que move carros e caminhões e ajuda o país a diminuir sua dependência em combustíveis fósseis. Ou vira sabão e sabonete presente nos lares de milhões de pessoas. (Exame)

Desmatamento, clima e economia: Como o agronegócio será tratado na COP28?

Ao longo das décadas, as mudanças climáticas que se intensificaram foram atribuídas às emissões de gases de efeito estufa de alguns setores econômicos. Embora ao redor do mundo, a maior parte delas esteja relacionada à combustão de combustíveis fósseis, no Brasil, são desmatamento e mudanças do uso da terra que agravam a situação ‘poluidora’ do país – sobretudo se 71% destas emissões recai sobre a Amazônia.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), em todo o país, 92% das emissões brutas são causadas por alterações de uso da terra, que em sua maioria consistem no desmatamento e conversão de vegetação para atividade agropecuária. Neste sentido, o relatório do IPAM aponta que, em 2021, a atividade agropecuária respondeu por 74% de toda a poluição climática brasileira.

Passados dois anos destes números, o governo federal tenta recuperar a credibilidade perante a comunidade internacional em relação à preservação de suas florestas. Mas não acaba aí. Separar o joio do trigo e mostrar qual desmatamento é ilegal, qual realmente se torna prática agropecuária e em quais condições ela é feita são particularidades brasileiras que podem ser esclarecidas na COP28 – a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima da ONU, realizada entre 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes. (Exame)

Fundos ESG que investem em poluidoras crescem mais de 300% em 18 meses; o que explica?

Há uma categoria de fundos ESG que está superando a maior parte dos demais nos Estados Unidos. São produtos que têm uma estratégia curiosa: investem em grandes emissores de carbono (CO2), mas com o objetivo de limpá-los. Segundo a Morningstar, os ativos nos chamados fundos de transição climática disparam 304%, para US$ 9,3 bilhões, no período de 18 meses encerrado em junho.

Os novos números acrescentam algumas nuances à especulação sobre até que ponto a reação política contra o ESG está prejudicando a estratégia de investimento nos Estados Unidos. Num contexto de preços elevados da energia, a liquidação (venda) de ações “verdes” e ataques do Partido Republicano ao ESG, os ativos em fundos climáticos dos EUA em geral ainda conseguiram atingir um recorde de US$ 32 bilhões, também de acordo com a Morningstar. (InfoMoney)

Bancos estão por trás do salto de 70% nos casos de greenwashing em 2023, diz relatório

O número de ocorrências de greenwashing por bancos e empresas de serviços financeiros em todo o mundo aumentou 70% nos últimos 12 meses em relação aos 12 meses anteriores, segundo um relatório da empresa de dados ESG RepRisk. As instituições financeiras europeias foram responsáveis pela maioria dos casos e grande parte do greenwashing envolveu alegações sobre combustíveis fósseis.

A RepRisk registrou 148 casos do setor de serviços bancários e financeiros em todo o mundo nos 12 meses até o final de setembro de 2023, um aumento sobre os 86 dos 12 meses anteriores. Dos 148 casos, 106 foram de instituições financeiras europeias. (Época Negócios)

Dica de Conteúdo

Filme “13ª Emenda”

Dirigido por Ava DuVernay, o documentário “13ª Emenda” reúne estudiosos, ativistas e políticos para analisar a correlação entre a criminalização da população negra dos EUA e o boom do sistema prisional do país, partindo da décima terceira emenda da Constituição dos EUA, que versa sobre discriminação e trabalho escravo.

Vencedor do BAFTA de Melhor documentário de longa-metragem em 2017, foi indicado ao Oscar no mesmo ano.
O filme está disponível na Netflix.

Livro “Ideias para adiar o fim do mundo”

O autor do livro, o líder indígena Ailton Krenak, nasceu na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira. Na obra, Krenak critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza. Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno.

Ele acredita que somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo.

O livro é resultado de duas conferências e uma entrevista realizadas em Portugal entre 2017 e 2019, conta com posfácio inédito de Eduardo Viveiros de Castro, antropólogo brasileiro e professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Está disponível nas principais livrarias físicas e online.

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