Desigualdade é maior entre pessoas com deficiência

por | set 21, 2022

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IBGE: Desemprego é maior e rendimentos são muito menores

Levantamento divulgado hoje (21/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o desemprego e a informalidade no mercado de trabalho são maiores entre as pessoas com deficiência.Os dados são da publicação Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil, baseada na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019. O estudo também revela que elas recebiam, em média, cerca de dois terços dos rendimentos das pessoas sem deficiência.

A taxa de participação das pessoas com deficiência (28,3%) no mercado de trabalho era menos da metade do que a verificada entre as pessoas sem deficiência (66,3%). O indicador mede a proporção de ocupados e de desocupados entre as pessoas com 14 anos ou mais de idade.

“A taxa de participação é o indicador que mede o engajamento no mercado de trabalho, ou seja, se as pessoas estavam procurando emprego ou estavam ocupadas. Essa taxa é menor para pessoas sem deficiência em todos os grupos de idade e a diferença maior está entre as pessoas de 30 a 40 anos”, destaca Leonardo Athias, analista do IBGE. As pessoas com deficiência dessa faixa etária tinham uma taxa de participação de 52,6%, enquanto para as pessoas sem deficiência, era de 84,5%.

Já a taxa de desocupação era maior para pessoas com deficiência (10,3%) do que para as pessoas sem deficiência (9,0%). Esse indicador era de 25,9% entre as pessoas com deficiência de 14 a 29 anos de idade e de 18,1% para as pessoas sem deficiência da mesma faixa etária. Para os idosos com deficiência, a desocupação era de 5,1% ante 2,6% para os idosos sem deficiência.

Os recortes de sexo e cor ou raça apontam para outras disparidades. A taxa de desocupação era de 12,6% entre as mulheres brancas com deficiência e de 8,3% entre as sem deficiência. Esse indicador era maior (13,4%) para as mulheres pardas ou pretas com ou sem deficiência.

O OBGE também analisou a informalidade. Enquanto mais da metade (50,9%) das pessoas sem deficiência ocupadas estava empregada em postos formais, esse indicador era de 34,3% entre aqueles com deficiência. As pessoas com mais de uma deficiência tiveram um percentual ainda menor: 27,3%. O estudo também mostra que, em 2019, as pessoas com deficiência recebiam, em média, R$ 1.639 mensais como rendimento do trabalho. Isso representava cerca de dois terços dos rendimentos das pessoas sem deficiência, que recebiam uma média de R$ 2.619 por mês naquele ano. A diferença permanece quando observadas todas as atividades econômicas.

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