Uber Planet: App permite viagem com compensação de CO2

por | jul 6, 2022

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Mais de 12 milhões de usuários já utilizaram a modalidade no Brasil, permitindo compensar mais de 47 mil toneladas de dióxido de carbono

Por Natasha Amaral

Apesar da redução de emissões de dióxido de carbono durante a pandemia, a concentração de CO2 – principal gás responsável pelo efeito estufa – atingiu novo recorde ao ficar em 413 partes por milhão (ppm), em 2020, conforme a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Pensando em reverter as pegadas de carbono produzidas pelas viagens na plataforma e incorporar mais uma prática ESG, a Uber colocou em uso a categoria Planet, de corridas que compensam os lançamentos dos gases na atmosfera.

“Essa nova modalidade permitirá que a Uber siga com o seu compromisso global de se tornar uma empresa cada vez mais sustentável ao mesmo tempo em que contribuímos com a construção de um ambiente mais saudável para todos nós”, explica Silvia Penna, diretora-geral da Uber no Brasil.

A modalidade chegou ao Brasil em outubro de 2021 e atende o Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife, além de Porto Alegre, Florianópolis, Natal, Maringá, São José dos Campos e Campos dos Goytacazes. Desde que chegou na América Latina, as viagens feitas com os mais de 12 milhões de usuários que utilizaram o Planet conseguiram compensar mais de 47 mil toneladas de CO2.

O valor, no entanto, está, em média, 5% maior do que uma viagem com o Uber Comfort. Quanto à transparência, ao final de cada mês os usuários recebem um relatório com a quantidade de dióxido de carbono compensado, e os créditos são direcionados para projetos de preservação de áreas em risco de degradação da Floresta Amazônica brasileira.

Para viabilizar a ação, a Uber se uniu à Carbonext, empresa responsável por medir e compensar a pegada de carbono produzida pelas viagens na plataforma feitas através do Uber Planet. Segundo Janaína Dallan, CEO da Carbonext e parte do time do quarteto brasileiro de especialistas da ONU para mudanças climáticas, a parceria estimula a conscientização sobre a preservação da Amazônia, assim como o desenvolvimento da bioeconomia local.

“Para a Floresta, os créditos funcionam como uma alternativa economicamente viável à derrubada das árvores para plantio de soja, pecuária ou venda ilegal de madeira, preservando a biodiversidade deste bioma. A Carbonext devolve à floresta 70% da renda gerada pela comercialização dos créditos de carbono para defesa, benefício e desenvolvimento da população que mora lá”, afirma Janaína

A parceria beneficiará projetos em um milhão de hectares da Floresta, que geram cerca de cinco milhões de toneladas de créditos de carbono ao ano. Os créditos serão gerados pelo incentivo à manutenção das árvores da Amazônia de pé. Para usar o Uber Planet, basta abrir o aplicativo já instalado no celular, digitar os locais de início e destino da viagem e escolher a opção Uber Comfort Planet.

Meta Net Zero

Em 2020 a Uber anunciou que se tornará uma plataforma com emissão zero de carbono até 2040. Nos Estados Unidos, Canadá e em cidades europeias, a meta é de que 100% das viagens aconteçam em veículos elétricos (EVs) até 2030.  A empresa também está comprometida a alcançar emissões zero das operações corporativas até 2030, uma década à frente das metas do Acordo de Clima de Paris.

Sobre a Carbonext

Criada a partir da paixão de sua fundadora pela Floresta Amazônica, a Carbonext desenvolve projetos REDD+ para frear e reverter o desmatamento na região e preservar aquele ecossistema através da geração de créditos de carbono. A companhia é comandada pela engenheira florestal Janaína Dallan, um dos quatro brasileiros no quadro de especialistas da ONU/UNFCCC no time de RIT para projetos de Mudanças Climáticas, e pioneira em sua área de atuação.

A Carbonext tem projetos em dois milhões de hectares da floresta, que geram cerca de cinco milhões de toneladas de créditos de carbono ao ano. A companhia também atua na comercialização direta desses créditos a empresas e pessoas interessadas em neutralizar suas emissões de gases que contribuem para o efeito estufa, devolvendo à floresta 70% da renda gerada, para defesa, benefício e desenvolvimento da população local, preservando a biodiversidade deste bioma.

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